Ex-Corinthians até fugiu da igreja antes de cair nas graças de Tite no Flamengo

Contratado pelo Flamengo de Tite após a disputa do Campeonato Carioca, depois de se destacar com a camisa do Nova Iguaçu, Carlinhos já passou por poucas e boas ao longo dos últimos 27 anos. Antes de começar a carreira na base do Corinthians, o então garoto fugia da igreja para jogar bola e chegou até a ser baleado acidentalmente na perna.

Com uma história cheia de altos e baixos, dentro e fora das quatro linhas, Carlos Moisés de Lima ainda espera uma chance do ex-técnico da Seleção Brasileira para estrear pelo Flamengo no estádio do Maracanã. Neste domingo, o rubro-negro encara o Vasco no chamado ‘Clássico dos Milhões’, pelo Campeonato Brasileiro.

Vida de Carlinhos está recheada de histórias curiosas

“Com sete anos de idade, o Carlinhos saía escondido da igreja para jogar bola. Eu era pastor e não podia ficar olhando tudo. O pessoal do campeonato inscreveu ele, contra a minha vontade. Aí levavam ele da igreja para jogar bola. Ele era pequenininho e fazia muito gol, mas eu não via, porque tinha meus afazeres”, relembrou Carlos, pai do garoto (com o mesmo nome e apelido do filho).

Antes de ver a carreira deslanchar no futebol, veio o grande susto: em 2003, Carlinhos, de apenas seis anos, foi atingido acidentalmente por um tiro de bala dum-dum, que é expansiva e ainda mais potente que os tipos convencionais. De acordo com o médico que o atendeu, ‘foi um milagre’, por apenas ter trincado o osso. Pouco depois, a criança já estava pronta para voltar a jogar.

Anos depois, inclusive, o jovem foi parar no Corinthians, nas categorias de base, permanecendo no Parque São Jorge de 2014 a 2020. Pouco aproveitado no profissional, porém, o jogador precisou recomeçar no Novorizontino, passando por diversos clubes de menor expressão até ressurgir no Nova Iguaçu – e, agora, no Flamengo.

“Você está no Corinthians e de repente você vem para baixo. Tem que ter uma estrutura boa para não ficar deprimido. Falo para ele que a vida é uma roda-gigante, às vezes você está lá em cima, às vezes você está lá embaixo”, lembrou o pai, contando como confortou o filho após sua saída do Timão.