Justiça não deixa Corinthians respirar e dívida milionária precisa ser paga em 3 dias

A temporada do Corinthians tem mostrado a cada semana que os bastidores podem acumular seguidos capítulos dramáticos. Nesta quinta-feira (13), o juiz Paulo Guilherme Amaral Toledo, da 1ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé, decretou que o Corinthians terá três dias para quitar dívida superior a R$ 1,5 milhão para a consultoria KPMG. Além do valor estabelecido, o magistrado solicitou ainda a quitação dos honorários dos advogados. 

A princípio, a empresa de consultoria foi contratado pelo Corinthians em maio de 2021 para auxiliar em uma renegociação de dívida sigilosa. No entanto, a KPMG entrou na justiça alegando ter sofrido calote por parte da equipe do Parque São Jorge. Os advogados solicitaram do clube o pagamento de R$ 1.490.967,78. Em continuidade, segundo o processo, mais R$ 29.852,11 foram incrementados, referentes à carta de citação ao Timão, totalizando uma cobrança de R$ 1.520.819,89.

Atolando em dívidas passadas, a gestão de Augusto Melo tem prazo de 15 dias para entrar com recurso e tentar interromper o desembolso milionário do Corinthians. Caso a decisão judicial seja mantida, o Timão pode ter seus bens bloqueados por não pagar o acordado. Por outro lado, é válido destacar que o ex-presidente Duílio Monteiro Alves, assinou documentação que assegurava que a empresa seria paga até 20 de janeiro deste ano, em uma única parcela, o que não ocorreu.

Ex-Corinthians se posiciona 

Sobre a notícia de que a KPMG entrou com um processo contra o Corinthians, a respeito de dívida renegociada por mim no fim do meu mandato, gostaria de esclarecer os seguintes pontos.

Existe um falso debate aqui. Fim de mandato também é mandato. Assim como assinei o contrato com a Ezze Seguros no último mês do meu mandato, para que as receitas ficassem à disposição do meu sucessor, assinei também renegociações. 

Só que elas não foram levadas a sério por quem preferiu gastar R$ 130 milhões no time que empatou ontem sem sequer separar R$ 1,5 milhão para uma empresa que foi fundamental no acordo que fizemos em 2022 com a Caixa. E pelo que vejo, tampouco tentaram acerto com os credores que mandaram mensagens e não tiveram resposta. 

Aí é um modelo de gestão que eles escolheram, o de deixar estourar na Justiça.

Relembro a todos que, durante a transição de gestão, a atual diretoria foi informada de tudo, inclusive pelos profissionais que permanecem nos departamentos jurídico e financeiro do Corinthians. 

Entre uma gestão e outra, o Corinthians fez uma transição elogiada pela própria diretoria atual e manteve a memória (inclusive eletrônica) de todas as suas obrigações. Só que eles parecem priorizar outros pagamentos. Aliás, está havendo investigação policial sobre isso” – escreveu Duílio. 

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