Sindicato de atletas não quis saber e foi contra o técnico Tite
Na noite desta quinta-feira (15), o Flamengo derrotou o Bolívar por 2 a 0, no jogo da ida das oitavas de final da Libertadores da América. Embora tenha triunfado no Maracanã, Tite rasgou o verbo sobre o calendário potencializar as lesões dos jogadores. No entanto, o Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Saferj) condenou a postura controversa do ex-treinador da Seleção Brasileira.
Desde que assumiu o Flamengo, ao final da temporada passada, Tite passou a ser um crítico assíduo dos seguidos jogos impostos por Conmebol e CBF. Em coletiva de imprensa, o treinador afirmou que a Saferj costuma dar “balinha doce” para desviar a coerência dos treinadores e jogadores em pedirem por mudanças. Como forma de retaliação, o sindicato lançou forte nota contra o comandante rubro-negro.
Confira parte do comunicado:
“O senhor deveria ter aproveitado seus oito anos no comando técnico da seleção brasileira e ter lutado ou convencido a Confederação Brasileira de Futebol a mudar o calendário. Não recordamos de nenhuma atitude de sua parte neste sentido; em razão de defender jogadores, pois, provavelmente, não era conveniente para você tratar este assunto.
Que o senhor explique aos seus atletas que devido aos seus incômodos e falta de capacidade para lhes dar uma consistência de jogo que eles, atletas, terão que renegociar seus contratos com valores muito menores, já que por motivo óbvio, as televisões diminuirão, drasticamente, os valores negociados e investidos; e, por consequência, devido a menor exposição, os patrocínios serão reduzidos”, escreveu a Saferj.
Fala de Tite que causou revolta
No duelo contra o Bolívar, o Flamengo saiu com dois jogadores de peso como desfalques. Pedro saiu com dores musculares e foi substituído por Gabriel Barbosa, que minutos após precisou abandonar o gramado. Irritado com o intervalo de três dias para descanso entre um jogo e outro, Tite disparou em coletiva de imprensa:
A grandeza do Flamengo, dos seus atletas, eu queria estar errado para falar de calendário. Mas olhem o que está acontecendo. Tem uma série de pessoas da imprensa conscienciosa. O (Carlos Eduardo) Mansur. Leiam a crônica dele quando ele fala de calendário. E não adianta me dar balinha doce o sindicato dos atletas dizer: “Ah, eu agradeci ao Tite porque ele falou, mas o calendário estava e nós aceitamos 66 horas”. Não tem que aceitar, não. Nós, enquanto técnico, temos que bater, o atleta vai arrebentar”, disse o treinador.
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