Caso de ex-patrocinadora do Corinthians ganha atualização na Justiça
Nos últimos meses, um contrato entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet atraiu atenção devido a suspeitas de práticas ilegais. Investigadores do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) estão analisando alegações de lavagem de dinheiro relacionadas a este acordo. O contrato original foi assinado em janeiro e previa o pagamento de R$ 370 milhões ao clube, mas foi rescindido em junho.
A Polícia Civil de São Paulo agendou duas novas datas para os depoimentos de José André da Rocha Neto e André Murilo de Barros Paz Bezerra, respectivamente proprietário e diretor financeiro da VaideBet, ex-patrocinadora máster do Corinthians. Nos dias 27 e 28, os dois serão ouvidos como testemunhas no âmbito das investigações sobre a mediação do contrato entre o Corinthians e a casa de apostas.
Os detalhes do contrato revelam que a VaideBet poderia usar intermediadoras de pagamento específicas, como a Zelu Brasil ou Pay Brokers. No entanto, o uso de outras intermediadoras exigiria autorização por escrito do Corinthians, o que se tornou um ponto de discussão durante a investigação.
Quem são os envolvidos no caso?
A investigação ganhou tração quando surgiram detalhes sobre a possível participação da empresa Neoway Soluções Integradas, considerada uma empresa de fachada pela polícia. A empresa teria recebido parte de uma comissão relacionada ao contrato, levantando suspeitas de repasses indevidos. A Neoway, de acordo com a investigação, estaria no nome de Edna Oliveira dos Santos, que não teria conhecimento da sua existência.
Além disso, a polícia também chamou a depor representantes da VaideBet e do Corinthians, incluindo o superintendente financeiro Luiz Ricardo Alves, para esclarecer as transações feitas. A quebra de sigilo bancário da Neoway foi autorizada pela Justiça, mas as informações necessárias ainda não foram totalmente obtidas pelas autoridades.
Implicações para o Corinthians
As investigações sugerem que o Corinthians pode ter sido pago por vias não autorizadas, com a utilização de intermediadoras não previstas no contrato original com a VaideBet. O clube foi questionado sobre o recebimento de R$ 56 milhões através de empresas como Otsafe e Pagfast, que não estavam inicialmente listadas como intermediadoras aprovadas.
Fontes internas do Corinthians afirmam que as transações ocorreram de modo a reforçar o fluxo de caixa do clube e que foram realizadas de maneira considerada lícita, apesar da ausência de documentos formais que autorizassem essas mudanças no contrato.
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