O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou recentemente a penhora de aproximadamente R$ 20 milhões das contas do Corinthians. Essa decisão judicial aconteceu devido a uma dívida com a empresa de apostas Pixbet. O bloqueio ocorreu por intermédio da 43ª Vara Cível, tornando-se público em anos recentes.
De acordo com os autos do processo, o montante bloqueado é parte de uma dívida total de R$ 21,46 milhões. A maior quantia, cerca de R$ 12,4 milhões, foi retida de contas na Caixa Econômica Federal, recursos destinados ao financiamento da Neo Química Arena. Valores adicionais foram penhorados em contas do Itaú, ultrapassando os R$ 5 milhões, além de outras quantias no Bradesco e Santander.
Por que a Justiça determinou o bloqueio das contas?
A intervenção judicial ocorreu após a Pixbet alegar quebra de contrato, uma vez que o clube não cumpriu com os pagamentos acordados referente ao patrocínio de 2023. As partes haviam estabelecido um parcelamento da dívida até 2025, mas o descumprimento por parte do Corinthians motivou a ação. Em 2024, o clube assinou contrato com a VaiDeBet, concorrente direta da Pixbet, o que agravou a disputa.
Em sua defesa, o Corinthians argumentou que os valores bloqueados na Caixa não pertenciam ao clube, pois estavam vinculados ao financiamento da arena. A Caixa Econômica participou do processo, pleiteando o desbloqueio desses valores, destacando precedentes jurídicos favoráveis em casos semelhantes. Apesar das argumentações, a Justiça de São Paulo optou por manter as penhoras realizadas até aquele momento.
Além dos valores monetários envolvidos, a situação também levanta preocupações sobre a gestão e a confiança nas relações contratuais do clube. O advogado da Pixbet, Nelson Wilians, comentou sobre a estratégia do Corinthians de se esquivar de suas responsabilidades, utilizando métodos para evitar cumprir suas obrigações para com os credores. Essas ações colocam em dúvida não apenas a sinceridade dos acordos contratuais, mas também o gerenciamento interno do clube.
A dívida total do Corinthians para com a Pixbet, incluindo multas e encargos, ultrapassa os R$ 44 milhões. Esse valor representa um impacto financeiro significativo para o clube. As obrigações com a Neo Química Arena, combinadas com o patrocínio inicial da Pixbet e a nova associação com a VaiDeBet, deixam o clube em uma posição de ajuste necessário em suas finanças para evitar complicações futuras maiores.
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