Conselheiros do Corinthians tomam medida drástica relacionada a Augusto Melo
Prometendo corrigir todos os erros das gestões passadas, Augusto Melo conseguiu ser eleito o novo presidente do Corinthians entre os anos de 2024 e 2026. No entanto, após oito meses à frente da instituição, o mandatário tem seu impeachment solicitado por 90 conselheiros, que encaminharam o requerimento de abertura do processo ao presidente do Conselho Deliberativo do clube, Romeu Tuma Jr.
Na tarde desta segunda-feira (26), no Parque São Jorge, o grupo entrou em um consenso sobre a necessidade de encerrar a estadia de Augusto Melo sob o comando do Corinthians. Dentre os membros que encabeçam o movimento está o ex-presidente Mário Gobbi, que orquestrou o Timão entre 2012 e 2015. Para o empresário, é necessário sempre priorizar à instituição, e não regalias pessoais.
“O movimento Reconstrução nada mais é do que uma ação apartidária… O Corinthians está no limite. Não suporta mais todo esse desmando, toda essa confusão e falta de gestão. É preciso organizá-lo o quanto antes, seja para o clube parar de sangrar, seja para que nosso time dê a resposta no campo e saia dessa situação no Campeonato Brasileiro que aflige a todos nós”, pontuou o conselheiro vitalício.
Mostrando não se tratar apenas de capricho, a documentação destaca alguns pontos negativos que colocaram o Timão nos holofotes de forma negativa sob o comando de Augusto Melo. Dentre as principais dúvidas está a quebra de contrato com a Vai de Bet, ex-patrocinadora máster do clube. Na ocasião, o Corinthians foi denunciado por participação em lavagem de dinheiro.
Em meio à assinatura com a casa de apostas esportivas, o intermediário receberia cerca de R$ 25 milhões até o final de 2026. Nesse ínterim, ficou comprovado que o beneficiário seria Alex Cassundé, investidor da campanha de Augusto Melo para a presidência. No entanto, as investigações seguem em andamento, sem prazo para um encerramento.
Augusto Melo não desiste do Corinthians
Embora as conversas estejam esquentando, Augusto Melo terá a oportunidade de se defender caso o processo de impeachment dê continuidade. Nesse ínterim, uma nova votação em sessão extraordinária do plenário do Conselho Deliberativo poderá escolher um novo mandatário. Contudo, o presidente não teme por sua destituição.
“Impeachment não existe. E golpe aqui ninguém vai dar. Fui eleito pelo voto, foram 16 anos de uma dinastia e ninguém vai mudar isso. Errei, estamos corrigindo e o impeachment não me assusta. Foi uma traição, traição vem de onde ninguém se espera. Agora se não tem competência, não estará mais aqui, disparou o mandatário atual em coletiva de imprensa.
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