Futuro de Estevão no Chelsea pode estar ameaçado desde já
O Chelsea, destino do atacante Estevão, pode não ser a melhor equipe para um jovem jogador. Na pré-temporada, o clube chegou a ter 45 jogadores no elenco. Atualmente, são 30 atletas contratados – um número ainda elevado se comparado à média europeia, onde os clubes costumam contar com entre 20 e 25 jogadores profissionais.
De acordo com empresários ouvidos pelo UOL, a equipe inglesa tem um plano bem definido ao comprar uma grande quantidade de atletas, sobretudo jovens. Há dois objetivos principais: um esportivo e outro financeiro.
A ideia, desde o ponto de vista financeiro, é ter jogadores que possam ser emprestados e, posteriormente, revendidos por valores superiores ao de compra. Este modelo de negócios tem se mostrado eficaz e cada vez mais comum entre grandes equipes. O Strasbourg, da França, tem sido um destino frequente para jogadores do clube londrino, incluindo o brasileiro Andrey Santos, ex-Vasco.
Como o Clube Compra e Revende Jogadores Jovens?
Um exemplo recente desse modus operandi é o brasileiro Ângelo. Comprado ao Santos por 15 milhões de euros (R$ 93 milhões) em 2023, ele foi vendido ao Al-Nassr, da Arábia Saudita, por 23 milhões de euros (R$ 142 milhões). Na temporada passada, Ângelo também foi emprestado ao Strasbourg antes de ser vendido. Estas transações ilustram a capacidade do clube de aumentar o valor de seus ativos ao emprestar jogadores para que se desenvolvam antes de revendê-los.
Com esse modelo, o clube planeja ter, em médio prazo, rendimentos suficientes para pagar salários altos sem infringir o fair play financeiro na Inglaterra, conhecido como PSR (sigla em inglês para Regras de Lucro e Sustentabilidade). A regra, considerada uma das principais responsáveis pelo arrefecimento do mercado da Premier League nesta temporada, prevê punições a clubes que gastarem mais do que arrecadam. Na temporada passada, o Everton já foi punido por este motivo com a perda de pontos.
A longo prazo, a estratégia do clube inglês é consolidar-se como um celeiro de novos talentos e uma poderosa máquina de lucro no mercado de transferências. Ao manter uma rede de jogadores emprestados ao redor do mundo, o clube não só promove o desenvolvimento desses atletas, mas também se beneficia financeiramente ao revendê-los por valores significativamente maiores.
Impacto no Mercado Europeu
Esta abordagem do clube inglês já está causando impactos notáveis no mercado europeu de transferências. Outros clubes estão começando a adotar estratégias semelhantes, observando os êxitos financeiros alcançados pelo clube londrino. Este movimento pode, eventualmente, redefinir como os clubes europeus gerenciam suas contratações e vendas de jogadores.
Em resumo, a estratégia do clube de comprar jovens jogadores para posteriormente emprestá-los e revendê-los está mostrando ser uma abordagem bem-sucedida tanto no aspecto esportivo quanto financeiro. Com uma boa execução, pode representar uma revolução no mercado de transferências e desenvolvimento de talentos no futebol europeu.
Comentários estão fechados.