Jogadores do Corinthians ostentavam carrões em 1971, Rivelino era um deles

Os veículos pertencentes aos astros do futebol costumam exercer um fascínio sobre a imaginação dos fãs. Já em 1971, uma época em que a variedade de carros não era tão extensa como nos dias atuais, a revista PLACAR, em seu segundo ano de existência, decidiu satisfazer a curiosidade de seus leitores ao revelar os automóveis luxuosos dos jogadores do Corinthians.

Há bastante tempo, jogadores de futebol e carros constituem uma parceria indissociável. Nos dias de hoje, a Audi, por exemplo, patrocina o Real Madrid, presenteando cada atleta com um de seus modelos. Em contrapartida, os jogadores comprometem-se a comparecer a todos os treinos exibindo o gentil mimo e, dessa forma, promovendo a marca.

Naturalmente, muitos craques acumulam pequenas coleções em suas garagens, repletas de veículos de luxo como Mercedes, Ferraris, Lamborghinis e outros objetos de desejo. Mas como era as máquinas dos craques do alvinegro no início dos anos 70?

Os carros dos craques do Corinthians

Dirceu Alves tinha Karmann-Ghia na tonalidade cereja. Este modelo alcançou grande popularidade nos anos 1970, sendo reconhecido como um dos carros mais potentes fabricados no Brasil na época. Quanto à cor, que esteve em voga por algum tempo, lamentavelmente saiu de circulação, causando desapontamento em muitos saudosistas. O volante, por sua vez, prometia proporcionar uma condução cuidadosa.

Ado era dono de um Malibu. O goleiro do Corinthians não apenas se destacava em campo, mas também era considerado o galã da equipe. A revista PLACAR relatou que durante as férias, Ado era constantemente seguido por admiradoras nas praias do Paraná. Ele afirmou: “Eu tenho ciúmes desse carro, não empresto a ninguém. Mas vou vendê-lo para pôr fim às ondas que estão fazendo comigo.”

Rivellino ostentava seu Mustang na tonalidade azul. O principal craque não só brilhava nos campos, mas também possuía o automóvel mais cobiçado. O camisa 10 afirmava: “Admiro uma Ferrari e uma corrida, mas não sou muito disso. Não sonho com outro carro e não pretendo me desfazer desse Mustang tão cedo.” Conforme relatado pela revista, “as pessoas param quando Rivellino chega”.

Osvaldo Cunha tinha o Karmann-Ghia de cor branca, destacado como mais um atleta responsável e cauteloso pela revista em 1971. O técnico do Corinthians na época, Aymoré Moreira, bicampeão mundial com a seleção, comentava: “Não vejo como alguns possam pretender proibir jogador de comprar o carro que quiser.”

Alexandre dirigia Aero Willys na cor vermelha. O veículo, considerado um verdadeiro sonho de consumo, foi introduzido no mercado brasileiro em 1960 e teve sua produção encerrada em 1971, quando a Willys Overland já havia sido adquirida pela Ford. Um luxo notável em uma época em que os jogadores eram encorajados a investir em imóveis.

Aladim era proprietário Corcel de cor branca, adquirido durante o período em que o atleta defendia o Bangu. O modelo de 1970 era verdadeiramente seu favorito: “Gosto do meu carro, mas não sou ciumento”, declarava ele em uma reportagem da revista PLACAR. “Empresto para os amigos que eu sei que vão tratá-lo bem, com cuidado.”

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