Presidente do Cuiabá abre o jogo sobre dívida com o Corinthians
O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, voltou a afirmar que existem pendências financeiras do Corinthians relacionadas à contratação do volante Raniele. Em entrevista recente, Dresch explicou os termos acordados durante a negociação, destacando a inadimplência do clube paulista e os valores em aberto.
De acordo com Dresch, o valor total da transação para a venda de Raniele ao Corinthians foi de 2,5 milhões de euros. No entanto, apenas a primeira parcela de 800 mil euros foi paga inicialmente, como condição para a liberação do jogador.
O registro de Raniele ocorreu apenas na última hora no Campeonato Paulista, evidenciando, segundo Dresch, dificuldades para efetuar esse pagamento. A segunda parcela, no valor de 400 mil euros, venceu em 31 de julho, e nenhuma quantia adicional foi recebida desde então.
Consequências da Inadimplência
O contrato firmado entre os clubes prevê que o não-pagamento resultaria no vencimento antecipado das parcelas subsequentes, acrescidas de uma multa de 30%. Ao todo, o montante devedor chega a aproximadamente R$ 13 milhões, e os juros já ultrapassam R$ 600 mil.
Com a dívida vencida e os pagamentos estagnados, Dresch manifestou ceticismo quanto à possibilidade de uma solução amigável, apontando a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF como um provável caminho para resolução, caso o Corinthians não liquide a pendência.
O Corinthians tentou negociar com o Cuiabá, oferecendo saldar a parcela vencida junto à que teria vencimento em outubro. Entretanto, essa proposta foi recusada pela diretoria do Cuiabá, que optou por buscar a quitação integral do valor devido. Após a negativa, o Cuiabá acionou a CNRD para intermediar o conflito, com o Corinthians reconhecendo oficialmente a dívida, exceto quanto ao vencimento antecipado.
Possíveis Caminhos para Resolução
A situação permanece tensa, com Cristiano Dresch se mostrando pouco esperançoso quanto a um pagamento imediato. Com a intervenção da CNRD, o caso poderá levar de dois a três anos para uma sentença definitiva.
Mesmo assim, a expectativa é de que a pressão legal sobre o Corinthians possa eventualmente forçar uma solução satisfatória para ambos os lados. O Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, conforme relatado pela fonte da notícia, deixando em aberto uma resolução amena para os envolvidos no impasse financeiro.
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