Ramón Díaz recusou salário milionário e vida de luxo na Arábia para ficar no Corinthians
A vitória do Corinthians sobre o Palmeiras, no clássico disputado nesta segunda-feira (4) pelo Brasileirão, aliviou a pressão sobre o técnico Ramón Díaz, que vinha enfrentando questionamentos após as eliminações do Timão na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana. Uma derrota no Dérbi teria deixado a situação do treinador argentino praticamente insustentável, mas ele demonstrou frieza e garantiu o triunfo corintiano, conquistando fôlego no comando da equipe.
Ramón, que assumiu o Corinthians em meio à temporada, mostrou-se satisfeito em continuar no Brasil, onde trabalha desde o ano passado, quando dirigiu o Vasco. Tanto que, recentemente, recusou uma proposta milionária para treinar a seleção da Arábia Saudita, que demitiu o italiano Roberto Mancini.
Segundo Emiliano Díaz, auxiliar e filho do treinador, a oferta era de 23 milhões de dólares (cerca de R$ 132 milhões) por ano, valor que multiplicaria em sete vezes os salários atuais da comissão técnica no Corinthians, que giram em torno de R$ 1,6 milhão mensais.
“Deixamos passar a oferta mais importante da nossa história, porque estamos realizando o sonho de estar no Corinthians”, explicou Emiliano após o clássico. Para a Arábia Saudita, era essencial que Ramón iniciasse o trabalho imediatamente, o que o obrigaria a deixar o Timão em meio aos compromissos das semifinais da Sul-Americana. Esse fator foi crucial para a recusa.
Ramón Díaz é querido no Oriente Médio, especialmente pelo sucesso que teve em suas passagens pelo Al-Hilal, clube saudita onde conquistou diversos títulos e foi vice-campeão mundial. Mesmo assim, ele optou por permanecer no Brasil, onde busca consolidar sua trajetória com o Corinthians, contando com a lealdade de seu corpo técnico, que inclui Emiliano Díaz, Osmar Daniel Ferreyra, Bruno Urribarri e o preparador físico Diego Pereira.
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