Relembre a carreira de Sócrates, ídolo do Corinthians

Relembre informações importantes sobre a carreira de Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, grande ídolo da história do Sport Club Corinthians Paulista. O jogador em questão entregou tudo pela camisa alvinegra enquanto esteve em Parque São Jorge e se tornou um grande símbolo para os torcedores, também por conta daquilo que fez fora dos gramados.

O antigo jogador, enquanto atuou, fez grandes campanhas com a camisa do Timão, sendo peça fundamental em um momento relevante da história da equipe, onde é um dos artilheiros históricos, e também do país. Além disso, ele também conseguiu apresentar bons resultados em outras equipes, sendo uma peça mais do que importante para o futebol brasileiro no geral.

Início da carreira de Sócrates

A carreira de Sócrates chamou bastante a atenção após ele se mudar para Ribeirão Preto com sua família, momento em que ingressou no colégio dos Irmãos Maristas, onde pegou gosto pelo futebol, sendo torcedor do Santos em primeiro momento. Assim, apenas com 16 anos, o antigo jogador passou a jogar na equipe juvenil do Botafogo de sua cidade, se profissionalizando ao mesmo tempo em que cursava medicina, concluindo seu curso.

Desde seus primeiros passos no futebol, o atleta já mostrava que era um verdadeiro fenômeno, não conseguindo frequentar muitos treinos por conta da rotina de estudos, mas, mesmo assim, apresentava grande desempenho dentro dos gramados. Assim, chegou a ajudar a sua equipe a conquistar a histórica Taça Cidade de São Paulo, equivalente ao primeiro turno do estadual.

Chegada ao Corinthians

Assim, depois da taça em questão, em 1977, junto de todo seu destaque dentro dos gramados, Sócrates se transferiu, no ano seguinte, para o Corinthians, onde virou querido da Fiel. Na época, formou um trio poderoso com Palhinha e Casagrande, seus grandes companheiros dentro do Alvinegro Paulistano.

Na década de 1980, o jogador apresentava um futebol que chamava a atenção de todo o mundo, sendo um dos símbolos da Seleção Brasileira e também do Corinthians durante a década de 1980. Nessa época, inclusive, ele também se envolvia em movimentos democráticos e sociais.

Ele foi um dos grandes ícones da Democracia Corinthiana, sendo defensor da politização do futebol e dos demais setores, participando do movimento “Diretas Já” que aconteceram dentro do país, contra a ditadura militar que estava instaurada há anos por aqui. Assim, Sócrates também virou um grande ícone de resistência para o povo e para a fiel.

Defendendo a camisa do Corinthians, o jogador conseguiu destaque mundial, sendo uma das peças mais relevantes de todo o futebol brasileiro e também da Seleção, participando de campanhas significativas em Copas do Mundo. No entanto, também ficou marcado naquela geração de ouro que, no final das contas, não conseguiu levar um título da competição para casa.

Depois de sair do Timão, em 1984, o jogador acabou tendo uma passagem curta pelo futebol europeu, defendendo as cores da Fiorentina, da Itália. Depois disso, voltou ao Brasil, onde defendeu a camisa de outros gigantes, como o Flamengo e o Santos, que era seu clube do coração na juventude. Assim, posteriormente, em 1989, voltou para o Botafogo de Ribeirão Preto, onde encerrou sua carreira.

Sócrates e suas atuações

Apesar de todo o seu destaque como jogador, Sócrates também teve participações importantes em outros casos. Primeiro, como treinador, tendo treinado o próprio time em que começou e encerrou a carreira, além de também ter comandado o Cabofriense, do Rio de Janeiro e a LDU, do Equador. No entanto, não apresentou tanto sucesso nas campanhas e até mesmo se demitiu da equipe estrangeira alegando falta de profissionalismo dos jogadores.

Além disso, claro, teve sua participação na política e no jornalismo, sendo um dos principais idealizadores do movimento Democracia Corinthiana. Ele também participou da articulação de revista e foi comentarista esportivo em canais do país.

Em algumas incursões “diferentes” na carreira, apresentou um LP de música sertaneja, fez uma regravação e ainda foi produtor em uma peça teatral. Além disso, também somou participação em uma telenovela do país, enquanto ainda atuava. Sócrates também tem participação na literatura, no cinema e na medicina.

Títulos e conquistas de Sócrates no futebol

Confira os títulos arrecadados pelo atleta durante a carreira:

• Botafogo-SP: Taça Cidade de São Paulo: 1977
• Corinthians: Campeonato Paulista: 1979, 1982 e 1983
• Flamengo: Campeonato Carioca: 1986
• Seleção Brasileira: Taça Brasil-Inglaterra: 1981

Além disso, Sócrates também participou de algumas campanhas marcantes, mesmo que não tenham terminado em título, confira algumas delas, disputadas enquanto defendia a Seleção Canarinha:

• 3º lugar na Copa América: 1979
• 2º lugar no Mundialito de Montevidéu: 1980
• 5º lugar na Copa do Mundo FIFA: 1982 e 1986
• 2º lugar na Copa América: 1983

Por último, vale destacar também todos os prêmios individuais conquistados pelo grande craque durante a sua carreira:

• 4º Maior Craque do Brasil na década de 1970 – Revista Placar – (eleito pela crítica): 1979
• Bola de Prata da Revista Placar: 1980
• 6º Melhor Jogador da Copa do Mundo FIFA: 1982
• FIFA XI – FIFA Team vs Europe Team: 1982
• Craque do Ano – Revista Placar – (Eleito pela crítica e pelos leitores): 1982
• 5º Melhor jogador do Mundo eleito pela World Soccer: 1982
• Craque do Ano – Revista Placar – (Eleito pela crítica): 1983
• Melhor Jogador Sul-Americano do ano eleito pelo jornal El Mundo: 1983
• 100 Craques do Século – World Soccer: 1999
• 100 Maiores das Copas – CNN Sports: 2002
• FIFA 100: 2004
• 32º melhor jogador de todos os tempos – FourFourTwo: 2022
• Artilharia do Campeonato Paulista: 1976 (15 gols) e Taça Cidade de Porto Alegre: 1983 (7 gols)

Morte e legado

Sócrates nos deixou no dia 4 de dezembro de 2011. Naquele ano ele foi internado na UTI do Hospital Albert Einstein devido a uma hemorragia digestiva alta causada por hipertensão portal. Ele acabou admitindo, na época, que possuía problemas com alcoolismo, algo que já tinha o acompanhado durante a carreira como jogador. Após outras duas vezes internado, na última vez por uma suposta intoxicação alimentar, o ex-jogador apresentou uma falência de múltiplos órgãos em decorrência do choque séptico.

No dia seguinte à sua morte, o time onde fez sucesso e onde é ídolo, o Corinthians, conseguiu se sagrar pentacampeão brasileiro, gerando homenagens naquele momento para o grande nome da história alvinegra. Diversos rivais, a Confederação Brasileira de Futebol, e o Botafogo de Ribeirão Preto também prestaram suas condolências.