Vice do Corinthians faz revelação bombástica sobre “laranja” no caso VaideBet
Apesar de muitas polêmicas assolarem os bastidores do Corinthians nas últimas semanas, a que mais ganhou notoriedade foi o possível envolvimento com “Laranjas”. Como consequência das investigações, a Vai de Bet, patrocinadora máster, rescindiu o contrato com o Timão. Todavia, em depoimento à polícia, Armando Mendonça, vice-presidente alvinegro, afirmou que Augusto Melo estava a par de todo o caso.
A nova gestão do Corinthians está dando o que falar, mas não por motivos positivos. Intimado a comparecer à Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, após ser citado em uma queixa-crime movida por Sérgio Moura, superintendente de marketing do Corinthians, Armando Mendonça falou sobre o repasse milionário.
De acordo com o vice, o presidente Augusto Melo estava ciente há mais de um mês sobre as transferências feitas para contas de terceiros mediante ao contrato assinado com a Vai de Bet. Sabendo da gravidade do problema, Mendonça afirmou que o mandatário alvinegro não deu credibilidade ao assunto até que a bomba explodisse na mídia nacional.
Depoimento do vice do Corinthians
“No dia 8 de maio, informei ao presidente Augusto Melo que a empresa intermediadora do nosso patrocínio máster à época (Vai de Bet), a Rede Social Media, de São José dos Campos, recebeu um valor de patrocínio e que o dinheiro estava sendo desviado para uma conta de uma pessoa física, que é sócia de uma [empresa] ‘laranja’.
Isso era de se causar estranheza e muita preocupação, sendo que o clube deveria interromper imediatamente qualquer pagamento para essa Rede Social Media [contrato intermediado por Alex ‘Cassundé’], até que tudo fosse auditado minuciosamente. E que isso poderia causar um grande dano financeiro ao Corinthians e estaria ‘abastecendo’ outra considerada ‘fantasma’, ou seja, transformando um dinheiro lícito em ilícito.
Dito tudo isso para o presidente, ele preferiu, naquela oportunidade, não seguir com nenhuma das minhas sugestões e recomendações – nem a paralisação de pagamentos, nem pedido de instauração de inquérito policial e nem apuração interna com o afastamento dos citados (Sergio Moura e Marcelo Mariano), com a alegação de que essa questão (eventual pagamento de empresa de ‘laranja’) era um problema exclusivo da empresa intermediadora Rede Social e não do SCCP.
Já no dia 9 de maio, fui ter uma simples conversa com Sérgio Moura, que era o responsável pelo departamento e poderia aclarar dúvidas que eu tinha. Ainda, pelo relacionamento que era publicado na imprensa entre Alex Cassundé e Sérgio Moura, tive o cuidado de perguntar se era verdade da relação, que a imprensa divulgava entre ele e o sócio da empresa Rede Social. Ele confirmou.
Ainda aproveitei para perguntar se existia qualquer troca de mensagens, mesmo que de WhatsApp, ou contrato etc., com a empresa desse Alex, na época do fechamento da negociação da intermediação, que pudesse pôr fim a toda especulação envolvendo o intermediário. Ele me disse que, infelizmente, achava que não tinha nenhuma troca de mensagens ou contrato.”
– Trechos retirados do depoimento de Armando Mendonça à polícia
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